Com o mês de Dezembro chegamos à terceira e última fase do projecto Siza Baroque: o colóquio final de investigadores, no dia 7, seguido do concerto Magnificat em Talha Dourada, no dia 14 (celebrando a actualidade do Barroco na arquitectura, na música e na arte), composição de Eurico Carrapatoso, dedicada pela equipa do projecto a Álvaro Siza.
O colóquio reflectirá as idiossincrasias do grupo de investigadores, residentes e convidados, as do próprio ofício da arquitectura e do trabalho de Siza em particular, desde “Esperando o sucesso” (título roubado à obra de Henrique Pousão, exposta no Museu Nacional Soares dos Reis, na vizinhança da “Câmara Barroca”), passando pelos períodos Betão, Branco e Dourado que a investigação identificou como as várias fases de Siza (como acontece em Picasso), ainda que com flutuações, contaminações e ressonâncias entre elas.
Neste sentido, cada investigador apresentará uma breve comunicação (15 min.) em que a obra de Siza e/ou a ideia de Barroco, podem ser centrais, assuntos paralelos ou, no limite, aparecerem na ausência, ou numa imagem fugaz (aparição de um anjo, como os de Siza).
É convicção da equipa do projecto que a síntese de todas as perspectivas aproximar-nos-á do conhecimento real da obra de Siza, da clarificação de alguns mal-entendidos que persistem em relação ao Barroco enquanto ideia, e desta se estender até hoje e de nos contaminar.
Betão, Branco, Dourado, decorrerá durante o dia 7 de Dezembro, no Auditório do Museu Nacional Soares dos Reis, sendo aberto ao público, mediante inscrição prévia e lotação do espaço.
PROGRAMA
10h00
Intuição do Dourado e Música da Arquitectura
Miguel Araújo
Impressões de uma viagem à Sicília
Sílvia Ramos
‘Homage to Bernini’
Susana Ventura
11h00
Intervalo
11h30
In Process / Sala Barroca
Inês Sanz Pinto
SWV, um inventário para o conhecer
Mafalda Lucas
‘Nicolau Nasoni’ : Notas sobre um filme inacabado
Luís Urbano
Intervalo para Almoço
14h30
Barroco, arquitectura concreta: um largo rododendro cor de sangue
Ricardo Leitão
‘Verter’ em la Lande
Mariana Sá
Para desfazer mal-entendidos: “a história começa a cada instante” (Lima de Freitas)
Graça Correia
15h30
Intervalo
16h00
‘L´oeuvre d’art à l’époque de sa reproductibilité technique’
Nuno Brandão Costa
Raymond Queneau e Gillo Dorfles, estilos e ciclos
Marco Ginoulhiac
No Barroco não se morre
João Pedro Serôdio
17h00
Debate final